Friday, December 15, 2006

Homenagem!!



Estas linhas são dedicadas a uma enorme pessoa que sempre esteve aqui para mim e sei que sempre vai estar. Podes considerar uma homenagem, ou até uma estupidez tudo isto! Mas eu sei que sem ti não podia ter seguido em frente neste escuro caminho e que tu sempre foste aquela luz que não deixa que eu me perca nesta longa viagem por aqui!

Fazes que sempre tudo seja mais fácil, fazes tudo por ajudar-me sempre. Levantas a minha cabeça e limpas as minhas lágrimas com beijinhos. És a melhor pessoa que eu podia ter na minha vida. A minha melhor amiga!

Sei que vais ser sempre aquela estrela que brilha no meu céu para cuidar de mim, abrigar-me e proteger-me de tudo!

Alguma vez alguem disse que não há palavras que possam expressar a amizade, e eu não sou quem para tentar faze-lo, eu sou só aquela que promete estar também sempre ai por ti, para te fazer sorrir, e dar-te o meu apoio. Prometo também não te fazer chorar e nao te provocar jamais, nenhum desgosto!

Sei que nesta vida nunca estamos totalmente sozinhos, e que para isso sempre temos os amigos. E amigos como tu, não são daqueles que possas comprar numa loja, tu apareceste do céu para me ajudar e cuidar de mim e nenhum preço pagaria nunca isso!

Obrigada por tudo, és a pessoa mais linda do mundo, mais sensivel, mais "cariñosa"(:D)!De ti depende o meu dia a dia!

Obrigada por seres minha amiga, a MINHA amiga!

Beijinhos repenicados de quem te adora e ama!!

Ja agora aproveito também para agradecer todo o apoio de todos os amigos do mundo que já tive, que tenho e que terei! Já que todos acabam eventualmente por influir na minha vida e fazer de mim uma pessoa diferente,...tal como tu o fizeste comigo minha amiga.....adoro-te!

Beijo,

Jo

Monday, November 06, 2006

surpresaaaa!!

Os cla vieram a zaragoza!!!
uma amiga fezme uma surpresa bestial...sextafeira sem eu saber de nada...preparava.se na universidade o concerto dos cla q veem a espanha pela "mostra portuguesa 2006" q se tem vindo a fazer por estas tierras!
levoume ate la...e quando abri os olhos..."concerto cla" UUUUUUUUUUUUHHHUHHHH!!
brutal...eu ali tu ca tu lá!hahah
com direitos a tshirt autografada por todos!k lindooo foi um concerto com pouca gente muito intimo em q poucos conheciam as musicas!
ADOREI foi a loucura!


e q venham mais vezes!...(so falta os toranja!!!hahaha)

Beijinhosssss a todos com saudades!


!"so para dizer q t amo!"......AIIIIIIII :D :D

Sunday, October 29, 2006

Inexistente

Mas mesmo assim acho que consegui perceber tudo o que me queres dizer.Mesmo estando cega e surda, ainda posso sentir.te, posso ver.te de uma maneira so' minha.
Porque' os dias passam tao lentos as vezes e depois...passam horas de repente,...quando so' o que fiz foi olhar pela janela num segundo?
Estou so' aqui vazia,...vendo o passar das horas...sem ti. Desde que te foste meu amor, tantas coisas deixaram de ter significado.. Ja ninguem me faz signos com a mao para me dizer que me ama,..nem ninguem ilumina o meu rosto so com um olhar, ou um sorriso.. Porque me deixaste?
Hoje,...a luz clara da manha, anticipa o dia cheio que vou ter. Vou rever.te e so' de imaginar.te o meu corpo arde num fogo sem fim, que me queima as entranhas.
No cafe', fazes os pequenos gestos que faziamos antes (ou sera que ja eram tao mecanicos que ja nada significam para ti?), molhas a pontinha do cubo de acucar no cafe' esperando que se absorva lentamente. Eu observo.te e nao recebo uma resposta do teu olhar. Ao franzir o nariz reparas que nao estou comoda com a situacao e soltas uma gargalhada. Voltamos a juntar mao com mao....as tuas sao sempre tao grandes que me perco em cada ruga ou cicatriz do tempo.

O tempo estraga?Eu nao creio...o tempo nao estraga uma relacao. Ganhase tanto com o tempo..Mas conhecemonos demasiado.

O nosso amor e' tao bonito,..parece quase um filme.Tantos momentos, tantos sentimentos, tantas culpas, vergonhas..Tanto amor.

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Acordou a suar...aquela que procura o grande amor.
"Esquece o que eles dizem sobre um grande amor,...quem podia mais quererte como eu?"

Friday, September 01, 2006

Buaf...

estou de exames...
nao se dorme...olheiras...redbull, café,...distracçoes...e coisas dessas...

aproveitem o q vos resta do verao!

beija

Tuesday, August 22, 2006

Devaneios ao pequeno almoço...

Mas porque raio a tostadeira só prende as tostadas á terceira vez que pressiono o botão??Tambem nao é assim tão velha...deveria funcionar bem..
E entao a manteiga?? Se não está no frigorífico fica mole demais, quase nojenta, e se está no frigorífico...fica dura que nem cornos e nao se pode barrar o pão!Ai a poia heim?

E depois é o microondas...sim..porque quem não usa microondas hoje em dia??( Só mesmo eu..na casa de zgz...hehe!)Nunca consegui ajustar o tempo precisamente naquele ponto em que a caneca não fica a arder, mas que o leite tambem nao fica frio...se meto menos tempo,..o leite nao aquece,..se meto mais..a caneca fica a ferver e nao há quem agarre aquilo!

Ultimamente ando numa luta constante com as pêras verdes que o meu pai comprou...são tão duras..por outro lado..a fibra é boa de manhã! Mas as pêras sao impossiveis de comer...e não gosto do resto de fruta...Já tentei pô-las ao sol, mas não tem resultado...Que raio de comércio vende peras VERDES???

Enfim...
BOM DIA!!! :)

Sunday, August 20, 2006

A Casa Mágica

Ja era de noite. Ela tinha observado por que lados se mexia a corrente de ar quente que ele deixava para trás...A pesar de estar já muito escuro, ela não teve problemas em segui.lo! O seu olfato sempre tinha sido dos melhores, mesmo depois de todos aqueles anos!

Ela pôde ainda ver pelos vidros da casa, como ele se dirigia lentamente para o quarto. Depois disso, entrou devagarinho pela porta das traseiras. A porta rangeu levemente.

Já no corredor, os seus braços (quase tão robustos como os de um homem) tinham dificuldade em nao roçar ao de leve pelas paredes. Todo o vigor exuberante do seu corpo tentava agora adaptarse á forma da mais perfeita gazela, astuta, procurava o silêncio.

A sala, de diminutas dimensões não saía do resto do padrão da casa. Estava muito escuro, mas até uma toupeira tinha percebido que ali não existia a riqueza. As paredes estavam velhas e mal pintadas; Existiam dois móveis na salinha de jantar, uma pequena mesa, com ajudantes compostas por 2 cadeiras, e pouco mais ao fundo uma estante com livros, um estranho boneco de lata e algumas chávenas de chá; no canto uma vassoura e esfregona.

Repentinamente, uma luz acendeu-se no outro lado do corredor, ela correu cheia de medo para esconder-se de baixo da mesa. O homem apareceu na sala, e trás examinar meticulosamente o chão, abandonou a sala. Passados poucos segundos reapareceu, e que alegria a dela, ao ver como ele montava o seu monociclo e fazia as suas acrobacias de malabarista! Depressa a luz da sala foi mudando e parecia cada vez maior e maior, os poucos objectos da sala dançavam agora ao som da música! As chávenas de chá voavam com a brisa doce, a vassoura dançava com a esfregona e até o General de Latão dançava agora, após sentir os argumentos persuasivos de toda a festa!A alegria inundava aquele sitio, e ela nunca se sentiu tão feliz escondida debaixo daquela mesa!!

Decidiu também ela levantar-se, dançar, misturar-se naquele ambiente quente, sentir a música a vibrar no corpo e deixar-se levar pouco a pouco pelos ritmos.

- "Pára tudo!!!!!! QUEM ÉS TU?"- gritou o velhote.

Ficou no ar, a expressão do olhar dela...como que perdido para sempre naquele turbilhão de emoções que nao podia exprimir;assustada! Conhecia bem as histórias daquela casa e de quem lá entrava.

e...tudo parou...

Saturday, August 19, 2006

Medos






























Esta noite foi melhor do que as outras..o Manénu já nao teve tanto medo
do escuro, e até acreditou piamente nas minhas histórias de fadas e "amiguinhos das fadas" que defendiam só o nosso quarto, dos monstros do resto da casa!


O Manénu é o sobrinho mais adorável do mundo..em breve vai fazer os 3 aninhos, mas ás vezes é como se já tivesse mais! Fica com uma cara séria sempre que falamos entre nós do estado do cão Tejo, e tem muita pena dele. Ás vezes oiço-o falar com o cão. Conta-lhe historias daquelas que nos conta a nós e que nós não ouvimos...Diz que o tejo o ouve e que o percebe bem! Passam tardes inteiras no jardim "a conversar"! Também eu, sei o que é estar sozinho, sem ninguem da nossa idade para brincar...a pesar de ter duas irmãs, estas ja eram tão crescidas quando nasci, que também andava sozinha pelo jardim a falar com animais e flores! Mesmo como tu fazes Manenu!



Esta noite, não acordaste a prguntar pelos paizinhos, nem pelos avós. Prguntavas por mim e se podias vir dormir comigo na minha cama; até que eu te explicava que os amiguinhos estavam na tua cama e que te protegiam tanto como eu! Acabei por acordar com as tuas doces festas na minha face...como sabe bem acordar com festinhas de umas maozinhas tao pequeninas :D

Depois, pouco a pouco, como vias que ia abrindo os olhos, susurraste-me docemente ao ouvido:

"Tia...!Tia....ACORDEI!" "Mimiste bem?! Vamos beber leitinho?"



És o menino mais lindo do Mundo, e o mais especial para mim!
Adoro TU MANENU!

Friday, August 18, 2006

Auto-Venda


As vezes penso q tudo esta perdido
costumo ser pessimista
nao ver um rumo em nada
procurar para nada tocar ou possuir de verdade.
Aborreço.me facilmente com as coisas
com a vida.
Todos que me conhecem sabem
do meu inconstante ser,
inconstante personalidade.
Nada acaba por me agradar,
satisfazer.
Vazia ando e vazia sou
e procuro vaziamente preencher este vazio.
"Isto hoje nao está fácil"...
nunca esteve, nunca foi...
Não gosto de coisas fáceis.
O que também nao quer dizer que
goste delas complicadas...
Só gosto..da ideia de gostar.
Fui mimada, sou mimada
Mentirosa, Mezquinha
e tãooo tãoooooo Egoísta.
São poucas as coisas que
me conseguem mover do meu mundinho
Mudo tudo a meu agrado;
mexo nos móveis,
no carácter das pessoas,
nas pinturas,
e nos beijos.
Tudo a meu gosto;
meu gosto, gosto de Deus!

Sou surpreendida ao ver que já muitos
me apanharam neste jogo
e me descobriram as peças de xadrez,
meticulosamente dispostas no tabuleiro.
Volto para casa,.. procuro outro caminho
para as minhas vontades.

Frase preferida: Nao vai o Maomé à montanha, vai.....(essa mesmo!)

Ahhhhhhhh mas nao se assustem..no fim de contas sou muito simpática!!!!!!!!!!!!!!

Sunday, August 13, 2006

Trevas


Hoje o Tempo não existe.
De facto,
deixou de existir faz muito.

Sem me aperceber,
fui entrando nestas trevas
devagar, com a calma dos cegos

Meu amor, minha luz
ia desvanecendo aos poucos
lá ao fundo.

E eu como quem não vê.

Grito ao Mundo e a Deus,
que meu Amor me devolvam

Pois tenho que fugir destas trevas
que me comem a alma podre,
aos poucos

"Segue meu Amor, segue
o caminho da dor
até mim"

Porque,
se as nossas almas ardiam juntas;
Mais depressa
se consomem elas, separadas.



"Quero-te assim,...só para mim"

Thursday, August 10, 2006

Flutuando...

Flutuo
Consigo deslindar o meu gosto sem esforço
Balanço é o que a maré me dá
E eu não contesto
O meu destino está fora de mim
Eu aceito
Sou eu despida de medos e culpas
Confesso
Hoje eu vou fingir
Que não vou voltar
Despeço-me do que mais quero
Só para não te ouvir dizer
Que as coisas vão mudar
Amanhã
Flutuo
Consigo deslindar o meu gosto sem esforço
Balanço é o que a maré me dá
E eu não contesto
Amanhã pensar nisso sempre me dá mais jeito
Fazer de mim Pretérito Mais Que Perfeito.
Hoje eu vou fingir
Que não vou voltar
Despeço-me do que mais quero
Só para não te ouvir dizer
Que as coisas vão mudar
Amanhã
Amanhã
Hoje eu vou fugir
Para não me dar a vontade de ser tua
Só para não me ouvir dizer
Que as coisas vão mudar
Amanhã
Amanhã
Amanhã



...e então como uma pequena pena, descende lá do alto. Ela nunca imaginou tal destino. Presa num turbilhão de emoções, que só acaba quando tudo se desvanece. Porque sempre tudo parece melhor no dia seguinte, porque a noite apaga todas as mágoas, e por mais algumas razões ocultas no seu ser, decide ir dormir.

Mas a noite é longa, são só demasiadas horas para acalmar tais emoções. Alguêm sábio, disse uma vez, que nenhum homem pode viver com duas caras sem acabar por se confudir entre qual de elas era a sua verdadeira. Para ela essa realidade nao existia. Para ela só existia ELE e ELA.




Esquecia-se de tudo ao seu passo. O seu perfume engolia-a para dentro de um poço, onde se sentia presa e sem rumbo. O seu olhar, o olhar dele para ela, aquele olhar que só os apaixonados conhecem, o "seu" olhar era tão, tão profundo que fazia com que ela se afundasse no seu mar, agoniada tentava respirar. Naqueles momentos a sós ela raramente podia enfrentar os seus olhos, tal era a agonia que a possuía.


Era um amor forte. Ninguêm poderia dizer o contrário. Todos quanto os viam entendiam que o que ali se passava era uma historia escrita muito antes do tempo. Eram diferentes.


Ela gostava de passear sozinha, sem ele. Sem ele, ela sufocava. Ela gostava então de se pôr á prova. Ver quanto podia aguentar sem ele, quantos segundos ou minutos. Era uma daquelas sensações como as brincadeiras de piscinas onde te sumerges na água azul e alguêm conta o tempo que aguentas sem ar. Ele era o seu ar. Ela sabia bem isso, melhor que ele.


Quando ela descobriu que a sua vida dependia dele, assustou-se. A sua vida estava inteiramente nas mãos dele. Ele seria seu dono e senhor para sempre, para toda a eternidade.

Aquela casa cheirava ao amor de ambos. Nas paredes vazias de quadros podia ainda ler-se os riscos que o tempo tinha deixado naquela casa; o tempo que não existia naquela casa. A cama sempre esteve naquela mesma posição. Ele nunca a mudou; ela nao queria mudá-la...presa ás lembranças, como ela era sempre. A máquina de escrever de ambos, mantinha-se naquela exacta posição aos anos; ela não a mudava porque lhe recordava a primeira vez que o conheceu ali mesmo naquela mesa escrevendo, talvez para ela, ou para outra.

As tatuagens daquele amor, daquela casa, sentiam-se desde a rua, e doiam como quem só conhece a dor de amor. A fatalidade esteve sempre presente. Tudo acaba; Tudo acaba eventualmente por acabar,...Tudo é efémero.Tudo...passa a ser nada. Numa noite.



Aquela noite para ela nao era igual, agora ela sabia; e os primerios raios de sol esclareceram bem a situação.
Ao abandonar a casa, ao fechar a porta, ela não chorava. Estava plena, segura de sí mesma.

"É só mais uma porta fechada;só mais uma!"



"Vamos ver quantos minutos aguento, sem me afogar,...para sempre....como sempre!"


"só para nao te ouvir dizer,...que as coisas vão mudar, amanhã......."



um obrigada especial ao meu puto jony(que me passou esta linda música) a quem dedico este textinho..."miserável"!!!

Wednesday, August 02, 2006

MOMENTO

Letra de Pedro Abrunhosa.

Penso que com esta musica de fundo pouco mais se pode pensar, e pouco mais aparece na cabeça, do que aqueles nossos momentos que ficaram gravados a ferro e fogo na nossa memoria.
Letra linda que me faz voar e imaginar que tudo esta bem...

espero que gostem!


Uma espécie de céu
Um pedaço de mar
Uma mão que doeu
Um dia devagar
Um Domingo perfeito
Uma toalha no chão
Um caminho cansado
Um traço de avião
Uma sombra sozinha
Uma luz inquieta
Um desvio na rua
Uma voz de poeta
Uma garrafa vazia
Um cinzeiro apagado
Um hotel na esquina
Um sono acordado
Um secreto adeus
Um café a fechar
Um aviso na porta
Um bilhete no ar
Uma praça aberta
Uma rua perdida
Uma noite encantada
Para o resto da vida

(Refrão)
Pedes-me um momento
Agarras as palavras
Escondes-te no tempo
Porque o tempo tem asas
Levas a cidade
Solta me o cabelo
Perdes-te comigo
Porque o mundo é o momento
(repete)

Uma estrada infinita
Um anuncio discreto
Uma curva fechada
Um poema deserto
Uma cidade distante
Um vestido molhado
Uma chuva divina
Um desejo apertado
Uma noite esquecida
Uma praia qualquer
Um suspiro escondido
Numa pele de mulher
Um encontro em segredo
Uma duna ancorada
Dois corpos despidos
Abraçados no nada
Uma estrela cadente
Um olhar que se afasta
Um choro escondido
Quando um beijo não basta
Um semáforo aberto
Um adeus para sempre
Uma ferida que dói
Não por fora, por dentro

Thursday, July 13, 2006

FUMO

Sempre me fascinou..desde pequena.
Olhava horas contadas o fumo k saía dos cigarros intermináveis da mamã; do cachimbo do papá; das fogueiras que se faziam para queimar a erva que nao era boa nas plantações; ou mesmo nos incêndios da serra de minha casa, soltando labaredas no vento como cabelos de uma fénix perdida, pedindo socorro.

Sempre gostei, sempre me fez pensar.
Guardo a minha pequena teoria sobre o fumo dos cigarros das pessoas; é que pode ser dita tanta coisa só ao ver como alguêm cede ao espaço o fumo dos seus negros pulmões. Há quem o expire rápida e fortemente, outros preferem fazê-lo devagarinho, com calma, para nao magoar ninguêm, e até há outros que gostam de soltá-lo despreocupadamente como quem abandona bocados de vida em cada expiração.

Já eu, gosto de observá-lo.

Uma que outra vez, fazê-lo eu propria, e ficar a ver.
O fumo, nao é mais que o resto de algo assim como as cinzas. É só algo que toma forma por uns míseros segundos, para logo depois desaparecer, resumindo-se ao que verdadeiramente é e sempre foi...o resto.
Penso que gosto tanto dele como ele de mim. No fundo,..somos iguais. Restos de algo que já foi noutro tempo e que neste,.. existe só para se consumir, para dar algo com forma, para mostrar que "é" para então assim, uma vez cumprida a missão, desaparecer.

Gosto de ver esse fumo só teu. Essa tua alma, que assim se mostra a meus olhos.







Depois de muito aqui está um breve regresso,..espero q seja bem apreciado!!

Wednesday, May 03, 2006

Espelho

E entao começa-se a sentir. Encontra-se o desejado no proibido e procuras a razão de tudo em vão. Ficas assim numa procura interminavelmente infinita vezes sem conta.
Existem dias bons, dias maus, mas no fim sao todos o mesmo dia que passa e passa e nunca vês que se trata do mesmo,pq nao tens tempo para parar,pensar e dar um passo adecuado, "o" passo.

Ficou ali. Contra o vento. Os cabelos esvoaçavam com as lágrimas e o sentimento era tão forte que lhe dava uma súbita impotencia para realizar outra tarefa senão chorar e gemer. Nao se movia sentada naquele banco de jardim. Os minutos passavam e ela esperava que ao menos olhasse para trás, nao queria ser deixada para trás como uma qualquer, queria só sentirse especial. Queria sentir.se AQUELA mulher na sua vida. Mas com aqueles minutos que pareciam horas, poco a poco apercebeu.se que nao ia voltar para trás; aliás, ja a havia deixado ali faz muito tempo. Não voltaria. Nunca mais?Seria para sempre? Nao,...seguramente o dia seguinte entrariam na mesma rutina e tudo voltaria a ser o mesmo. Seria?

Era noite, e com a penumbra, também a sua alma ia ficando mais negra, pesada e feia. Tentou levantar-se, ir até casa talvez. Mas como entrar naquele quarto e ver aquelas paredes que tanto sabiam? Talvez até existisse uma pequena possibilidade de que falassem com ela, e tudo o que menos queria era que lhe lembrassem os bons momentos assim como os maus, passados ao lado de alguêm que lhe acabava de virar as costas. Decidiu ficar, ali...não voltaria mais.

Que raio terá acontecido? Pois nao foste tu mesma que procuravas a solidão? Porquê agora que a conseguiste te tornaste uma pessoa triste? Que aconteceu ao sol do teu rosto? Estas apagada, escura, apática; e nao fazes outra coisa senão fugir de tudo o que te convém e até do que nao te convém. Porquê?

Nao consigo ver-te assim amiga minha; não posso permitir que te apagues dia a dia, que gastes as tuas lágrimas todos os dias sem uma razão aparente. Assim não. Nao por isto.Deves seguir a tua procura sem fim. Em algum lugar do mundo encontraras o que tanto procuras e serás feliz. Só.....PROCURA!

Thursday, April 13, 2006

o espectador

Muitas vezes nos prguntamos o que temos dentro de nós, do que somos feitos para lá da pele, dos músculos, das vísceras...será que não passa tudo de células?
Começamos então a cair num certo transe introspectivo pessoal onde analisamos o que temos feito até aqui e o que faremos até lá. Ponderamos sobre o momento actual, o presente, o que vivemos no dia a dia, dia trás dia. E entao, quase sem querer, chegamos áquele cantinho dentro de nós, áquela caixinha tao bem guardada que até ja tinha sido esquecida, mas que aí existe e resiste. Então, a medo, cautelosos e com muito carinho abrimos a tal caixa.

A luz é tanta que nos cega, o coração bate mais rápido e num flash de só um segundo revivemos emoções, num turbilhão de sensações, encontramos os sentimentos. Heis o que há para lá do externo, por dentro das capas externas que por sua vez são internas de outras mais externas e que cada vez vamos cubrindo mais e mais, por medo talvez. De novo, mas mais meticulosamente do que a outra vez, voltamos a analisar o que lá estava guardado, e a reviver o que sentimos quando tivemos esses sentimentos.

O meu medo ( e estou certa que será também o medo de muita gente) é conseguir encontrar o tal interior, a tal caixinha, abri-la e.......nao encontrar nada! Vazio!! O pior seria estar com tanto medo que nem sequer haveria coragem para tocar.lhe e menos para a abrir!Tanto, tanto medo...e nao ter coragem de ver o que sinto, explorar o que quero e o procurar o meu destino dentro do curso natural das coisas.
Ando perdida, abandonada e com medo, mas ninguêm vê isso, todos exigem e nenhum dá, todos gritam e não ouvem, andam todos pelos cantos, zangados, com frio de carinho, com medo, com azedume nas bocas, até explodirem em alguêm.

Fujo deles, fujo até não me encontrar; e fico então assim como espectador da minha propria vida, e dos "meus" sentimentos, de braços cruzados, apática, querendo que passem os dias e as horas sem saber para quê,..procurando um consolo, que cada dia encontro numa só soluçao. O caminho dos fracos.

Sunday, March 19, 2006




"não trago nada.
não sou nenhum oceano,
não venho para te afogar

O Sol esvai-se em vento.
A areia caminha sem praia
e cada grão se faz lua
na tua cara que me olha e me busca,
demasiado nua.

Eu sou o tirlho por onde sulcas.
Eu não sou nada que não esperasses.
Tudo o que a minha mão te estende,
estava escrito na tua endoderme,
no calor das tuas pernas,
nos passos infatigáveis
dos teus segundos fátuos.

Não trago nada.
Sou só agua.
Venho para te afogar."

Manuel Cintra in "Não Sei Nunca Por Onde"
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Parque grande de Zaragoza!Estava um lindo entardecer! vamos la a ver se me veem fazer uma visita pessoal! Aqui tou � espera!!:P:P

Posted by Picasa

Algo

As luzes quase que cegavam, eram fortes como ela não podia ser.
Levantava-se e voltava a sentarse. Custava-lhe andar direita no meio daquela gente. Os corpos roçavam uns nos outros, impedindo-lhe a passagem. No fundo não sabia se amava ou odiava aquele sítio. Tinha um interesse estranho por ele, despertava-lhe uma curiosidade para coisas que ela nunca julgou vir a entender e menos gostar.
Numa tentativa de erguer o seu corpo, buscava sair de ali, alcançar a porta de saída. Ao fundo podia ler em luz verde "Exit", mas nao tinha forças, algo nela a impedia de respirar e andar, uma angustia apoderava-se do seu corpo. Débil e medricas continuava a andar, não sabia bem porquê o fazia.

Chegou a casa. Deitou-se na cama que não estava feita; nunca o estava. Encolheu-se e olhou para o lado. Ali estava ela. Porquê? Era como uma perseguição, uma assombração.
Muitas vezes os dois corpos confundiam-se. E então era aí que ela deixava de saber se era ela ou se era a outra. Mesmo quando não estavam juntas, ela olhava-se no espelho e não se reconhecia. Ficava (ou ficavam??) assim horas em frente do espelho, e repetia "nao sou eu, nao sou eu"; era então que aparecia o homenzinho da picareta. Era muito pequeno, como um duende, subia desde o chao até ao peito dela, e mesmo na zona da boca do estomago começava a escavar, a picar, mais fundo, mais fundo, "nao sou eu, nao sou eu, nao sou eu".

Voltava. Era de noite. Entrava naquele antro escuro e ruidoso. As luzes voltavam a cegá-la, apontando na sua direcção e ela voltava a deixar de ser ela. Esquecia o seu corpo por momentos, abandonava-o e deixava-o á deriva. Não eram eles que a olhavam. Era ela. Fazia tudo por ela.
Só a recompensa a acalmava. O calor que lhe subia pelas veias até à cabeça, fazia-a dançar sem parar, era perfeita, sem erros, sem vergonhas. Feliz.


Muitas vezes pensou em parar, em deixar de usar aquela máscara suja e negra no negro da noite. Muitas vezes pensou eu sair daquele sitio, em mudar de vida, ser alguêm, ser feliz de verdade...muitas vezes pensou..."não sou eu,...não sou eu!"

Friday, February 10, 2006

número 3



Passeava á beira mar. O sal beijava os meus lábios que começavam a doer, o meu vestido branco, era demasiado longo, estava molhado nas bordas, e os meus cabelos enleavam-se com o vento com as algas do mar. Era um daqueles dias claros de verao, como eu gosto do veräo...o céu era azul, o sol queimava os olhos, nunca entendi bem porquê mas desde pequena tentava olhar o sol, vê-lo, mas acabo sempre por desistir da dor que me causa.
Comecei a entrar e estava cada vez mais fundo. Decidi parar. Enterrei os pés bem fundo na areia, plantei-me como se de uma planta se trata-se e ali me deixei ficar, esperando que a maré subisse.
Aquele sentimento ia crescendo (com a maré), a angustia apoderava-se de mim, tornava-se difícil respirar.
O mar sempre me deu medo. Nunca conseguia ficar de olhos abertos muito tempo,... quando em pequena iamos á praia e eu dava mergulhos de 30 segundos contados pelo relógio da avó. Angustiava-me ver todo aquele azul á minha frente, sempre preferi as piscinas para mergulhar. Mas ali estava eu, irónicamente, 30 anos depois, a deixar-me afundar pelo mar.

Num momento de fraqueza, virei os olhos no sentido oposto ao do horizonte, ali estava aquela cabana, no meio das dunas, um pequeno alpendre, algumas cadeiras, duas janelas e uma porta. "A curiosidade matou o gato". "-Nao tenho hora para isto, posso fazê-lo daqui a uns minutos"

Enquanto me aproximava, a dita curiosidade ia aumentando. Eu tinha uma estranha vontade de salvaçäo.

-Olá, há alguêm?
- Sim estou eu,.. aqui, ao pé da janela.- respondeu um homem de voz rouca, barba e rugas marcadas pelo tempo e pelo sal.
- Desculpe nao queria incomodá-lo, estava a passar pela praia e tive curiosidade de ver a casa, talvez ma pudesse alugar, ou vender, nao sei, gosto deste sitio.- falava rápido e lento ao mesmo tempo, olhando ora para o mar, ora para o homem, que tinha cara e parte do corpo tapado pela sombra do canto da janela.

O homem levantou-se e dirigiu-se na minha direcçao, senti um medo horrivel, e mais ainda quando vi o seu claro olhar, verde-azulado como o mar, e a sua barba loira, devia ter perto da minha idade.
- Nao, nao passavas por aqui, eu vi-te no mar.
- Viu? E näo me tentou ajudar?
- Tu nao precisavas de ajuda. Quando precisas-te vieste até ela, até mim. Senta-te, fiz agora um chá. Relaxa. Podes cá ficar.

Fecha os olhos. Morre.


Tu soubeste ajudarme quando mais precisava, quando mais perdida estava. Obrigada por nao me teres deixado afundar sozinha. Amo-te.

Wednesday, February 01, 2006

Tu

Quando te vi ali encostado, nao recordo muitobem o que me passou pela cabeça..ia tao nervosa..acho que estava em branco...mas depois com a conversa adorei o que conheci em ti, falavasme dos teus sonhos, davasme a conhecer os teus sentimentos mais profundos, pouco a pouco, como uma conchinha iasme mostrando o teu interior e eu cada vez ia gostando mais de ti. Decidimos avançar, tomar uma iniciativa pensámos que seria o melhor para os dois, e tivemos um inicio tao pacifico...tranquilo...

Agora as coisas mudaram, tornou-se quase doentio, percorres o meu corpo vezes sem conta, esta nas minhas veias, na minha pele, nos meus cabelos, sinto-te em toda a parte, mesmo quando nao aqui estas, estas em mim, penso nos nossos momentos, viciome de ti. Preciso de ti, nao me imagino já com ninguem mais que nao sejas tu. Eu pertenço-te percebes isso agora? O meu corpo e a minha alma sao teus e só teus, nao pretendo roubar-te o que é teu.

Sou tua, agora e sempre. Amo-te de paixao, de loucura, no mais profundo do meu ser, quero-te e desejo-te, sempre.

Monday, January 02, 2006

São Cartas

No outro dia encontrei no chão do meu quarto uma carta! Pensei que seria muito estranho haver por ali pelo chão uma carta! O meu quarto estava desarrumado como sempre mas as cartas que recebo tenho.as sempre muito bem guardadas ao pé do meu diário! Sem querer muito bem lê.la e já á espera do que seria, apanhei.a do chão e comecei a ler..."Meu amor..." Parei de ler e decidi queimá.la...
Ao chegar cada vez mais perto a chama do isqueiro que me serve para acender os pauzinhos de incenso, apercebime de que nao queria mesmo queimá.la.

Aquela carta que sem saber como, tinha aparecido no meio daquele chão vazio, era uma carta do meu passado.Pertencia ao passado onde ainda tudo estava vivo e eu estava completa. Eu então ainda não me vestia de preto, nao usava sapatos de salto pretos, nao apanhava o cabelo em remoinho e nao o pintava de preto,...todas as noites. Os meus lábios encarnados lembram (agora que penso nisso) o embrulho dos bombons que me trazias, o mesmo encarnado que ficava espalhado na cama coberta de petalas de rosa, o mesmo encarnado que existia na ultima vez que te vi. Vinho. Em tanto o sangue se parece ao vinho! Na côr, no cheiro que fica e nao sai,..eu bebi de ti, dos teus lábios encarnados, que já nao voltam. Não há mais bombons encarnados.

Ainda com a carta na mão, passaram.se umas horas, nao me atrevia a lê.la..eu tinha.a escrito para ti, foi a carta que nunca leste, a carta na qual eu te abandonaria para seguir um novo caminho longe de Lisboa, a cidade consumiame e tu consumiasme com ela todos os dias, todas as noites, usavasme e eu deixava. Mas sabia que o fim estava perto, por isso escrevi a carta mesmo antes de pensar para onde ir, por onde recomeçar.

Efectivamente o fim estava perto. Mas nao o planeado. Foste tu quem me abandonou, para sempre e eu nunca suportei a indiferença. Sei que se fosse eu a que tivesse partido tudo estaria bem. Mas quem me abandonou foste TU! e com isso eu nao vivo, nao sei viver...por isso te escrevo esta carta. Carta sobre carta. Juntas.

Sem querer acreditar, deixome levar pela esperança de que em breve estaremos lado a lado, recomeçando, juntos.