Tuesday, August 22, 2006

Devaneios ao pequeno almoço...

Mas porque raio a tostadeira só prende as tostadas á terceira vez que pressiono o botão??Tambem nao é assim tão velha...deveria funcionar bem..
E entao a manteiga?? Se não está no frigorífico fica mole demais, quase nojenta, e se está no frigorífico...fica dura que nem cornos e nao se pode barrar o pão!Ai a poia heim?

E depois é o microondas...sim..porque quem não usa microondas hoje em dia??( Só mesmo eu..na casa de zgz...hehe!)Nunca consegui ajustar o tempo precisamente naquele ponto em que a caneca não fica a arder, mas que o leite tambem nao fica frio...se meto menos tempo,..o leite nao aquece,..se meto mais..a caneca fica a ferver e nao há quem agarre aquilo!

Ultimamente ando numa luta constante com as pêras verdes que o meu pai comprou...são tão duras..por outro lado..a fibra é boa de manhã! Mas as pêras sao impossiveis de comer...e não gosto do resto de fruta...Já tentei pô-las ao sol, mas não tem resultado...Que raio de comércio vende peras VERDES???

Enfim...
BOM DIA!!! :)

Sunday, August 20, 2006

A Casa Mágica

Ja era de noite. Ela tinha observado por que lados se mexia a corrente de ar quente que ele deixava para trás...A pesar de estar já muito escuro, ela não teve problemas em segui.lo! O seu olfato sempre tinha sido dos melhores, mesmo depois de todos aqueles anos!

Ela pôde ainda ver pelos vidros da casa, como ele se dirigia lentamente para o quarto. Depois disso, entrou devagarinho pela porta das traseiras. A porta rangeu levemente.

Já no corredor, os seus braços (quase tão robustos como os de um homem) tinham dificuldade em nao roçar ao de leve pelas paredes. Todo o vigor exuberante do seu corpo tentava agora adaptarse á forma da mais perfeita gazela, astuta, procurava o silêncio.

A sala, de diminutas dimensões não saía do resto do padrão da casa. Estava muito escuro, mas até uma toupeira tinha percebido que ali não existia a riqueza. As paredes estavam velhas e mal pintadas; Existiam dois móveis na salinha de jantar, uma pequena mesa, com ajudantes compostas por 2 cadeiras, e pouco mais ao fundo uma estante com livros, um estranho boneco de lata e algumas chávenas de chá; no canto uma vassoura e esfregona.

Repentinamente, uma luz acendeu-se no outro lado do corredor, ela correu cheia de medo para esconder-se de baixo da mesa. O homem apareceu na sala, e trás examinar meticulosamente o chão, abandonou a sala. Passados poucos segundos reapareceu, e que alegria a dela, ao ver como ele montava o seu monociclo e fazia as suas acrobacias de malabarista! Depressa a luz da sala foi mudando e parecia cada vez maior e maior, os poucos objectos da sala dançavam agora ao som da música! As chávenas de chá voavam com a brisa doce, a vassoura dançava com a esfregona e até o General de Latão dançava agora, após sentir os argumentos persuasivos de toda a festa!A alegria inundava aquele sitio, e ela nunca se sentiu tão feliz escondida debaixo daquela mesa!!

Decidiu também ela levantar-se, dançar, misturar-se naquele ambiente quente, sentir a música a vibrar no corpo e deixar-se levar pouco a pouco pelos ritmos.

- "Pára tudo!!!!!! QUEM ÉS TU?"- gritou o velhote.

Ficou no ar, a expressão do olhar dela...como que perdido para sempre naquele turbilhão de emoções que nao podia exprimir;assustada! Conhecia bem as histórias daquela casa e de quem lá entrava.

e...tudo parou...

Saturday, August 19, 2006

Medos






























Esta noite foi melhor do que as outras..o Manénu já nao teve tanto medo
do escuro, e até acreditou piamente nas minhas histórias de fadas e "amiguinhos das fadas" que defendiam só o nosso quarto, dos monstros do resto da casa!


O Manénu é o sobrinho mais adorável do mundo..em breve vai fazer os 3 aninhos, mas ás vezes é como se já tivesse mais! Fica com uma cara séria sempre que falamos entre nós do estado do cão Tejo, e tem muita pena dele. Ás vezes oiço-o falar com o cão. Conta-lhe historias daquelas que nos conta a nós e que nós não ouvimos...Diz que o tejo o ouve e que o percebe bem! Passam tardes inteiras no jardim "a conversar"! Também eu, sei o que é estar sozinho, sem ninguem da nossa idade para brincar...a pesar de ter duas irmãs, estas ja eram tão crescidas quando nasci, que também andava sozinha pelo jardim a falar com animais e flores! Mesmo como tu fazes Manenu!



Esta noite, não acordaste a prguntar pelos paizinhos, nem pelos avós. Prguntavas por mim e se podias vir dormir comigo na minha cama; até que eu te explicava que os amiguinhos estavam na tua cama e que te protegiam tanto como eu! Acabei por acordar com as tuas doces festas na minha face...como sabe bem acordar com festinhas de umas maozinhas tao pequeninas :D

Depois, pouco a pouco, como vias que ia abrindo os olhos, susurraste-me docemente ao ouvido:

"Tia...!Tia....ACORDEI!" "Mimiste bem?! Vamos beber leitinho?"



És o menino mais lindo do Mundo, e o mais especial para mim!
Adoro TU MANENU!

Friday, August 18, 2006

Auto-Venda


As vezes penso q tudo esta perdido
costumo ser pessimista
nao ver um rumo em nada
procurar para nada tocar ou possuir de verdade.
Aborreço.me facilmente com as coisas
com a vida.
Todos que me conhecem sabem
do meu inconstante ser,
inconstante personalidade.
Nada acaba por me agradar,
satisfazer.
Vazia ando e vazia sou
e procuro vaziamente preencher este vazio.
"Isto hoje nao está fácil"...
nunca esteve, nunca foi...
Não gosto de coisas fáceis.
O que também nao quer dizer que
goste delas complicadas...
Só gosto..da ideia de gostar.
Fui mimada, sou mimada
Mentirosa, Mezquinha
e tãooo tãoooooo Egoísta.
São poucas as coisas que
me conseguem mover do meu mundinho
Mudo tudo a meu agrado;
mexo nos móveis,
no carácter das pessoas,
nas pinturas,
e nos beijos.
Tudo a meu gosto;
meu gosto, gosto de Deus!

Sou surpreendida ao ver que já muitos
me apanharam neste jogo
e me descobriram as peças de xadrez,
meticulosamente dispostas no tabuleiro.
Volto para casa,.. procuro outro caminho
para as minhas vontades.

Frase preferida: Nao vai o Maomé à montanha, vai.....(essa mesmo!)

Ahhhhhhhh mas nao se assustem..no fim de contas sou muito simpática!!!!!!!!!!!!!!

Sunday, August 13, 2006

Trevas


Hoje o Tempo não existe.
De facto,
deixou de existir faz muito.

Sem me aperceber,
fui entrando nestas trevas
devagar, com a calma dos cegos

Meu amor, minha luz
ia desvanecendo aos poucos
lá ao fundo.

E eu como quem não vê.

Grito ao Mundo e a Deus,
que meu Amor me devolvam

Pois tenho que fugir destas trevas
que me comem a alma podre,
aos poucos

"Segue meu Amor, segue
o caminho da dor
até mim"

Porque,
se as nossas almas ardiam juntas;
Mais depressa
se consomem elas, separadas.



"Quero-te assim,...só para mim"

Thursday, August 10, 2006

Flutuando...

Flutuo
Consigo deslindar o meu gosto sem esforço
Balanço é o que a maré me dá
E eu não contesto
O meu destino está fora de mim
Eu aceito
Sou eu despida de medos e culpas
Confesso
Hoje eu vou fingir
Que não vou voltar
Despeço-me do que mais quero
Só para não te ouvir dizer
Que as coisas vão mudar
Amanhã
Flutuo
Consigo deslindar o meu gosto sem esforço
Balanço é o que a maré me dá
E eu não contesto
Amanhã pensar nisso sempre me dá mais jeito
Fazer de mim Pretérito Mais Que Perfeito.
Hoje eu vou fingir
Que não vou voltar
Despeço-me do que mais quero
Só para não te ouvir dizer
Que as coisas vão mudar
Amanhã
Amanhã
Hoje eu vou fugir
Para não me dar a vontade de ser tua
Só para não me ouvir dizer
Que as coisas vão mudar
Amanhã
Amanhã
Amanhã



...e então como uma pequena pena, descende lá do alto. Ela nunca imaginou tal destino. Presa num turbilhão de emoções, que só acaba quando tudo se desvanece. Porque sempre tudo parece melhor no dia seguinte, porque a noite apaga todas as mágoas, e por mais algumas razões ocultas no seu ser, decide ir dormir.

Mas a noite é longa, são só demasiadas horas para acalmar tais emoções. Alguêm sábio, disse uma vez, que nenhum homem pode viver com duas caras sem acabar por se confudir entre qual de elas era a sua verdadeira. Para ela essa realidade nao existia. Para ela só existia ELE e ELA.




Esquecia-se de tudo ao seu passo. O seu perfume engolia-a para dentro de um poço, onde se sentia presa e sem rumbo. O seu olhar, o olhar dele para ela, aquele olhar que só os apaixonados conhecem, o "seu" olhar era tão, tão profundo que fazia com que ela se afundasse no seu mar, agoniada tentava respirar. Naqueles momentos a sós ela raramente podia enfrentar os seus olhos, tal era a agonia que a possuía.


Era um amor forte. Ninguêm poderia dizer o contrário. Todos quanto os viam entendiam que o que ali se passava era uma historia escrita muito antes do tempo. Eram diferentes.


Ela gostava de passear sozinha, sem ele. Sem ele, ela sufocava. Ela gostava então de se pôr á prova. Ver quanto podia aguentar sem ele, quantos segundos ou minutos. Era uma daquelas sensações como as brincadeiras de piscinas onde te sumerges na água azul e alguêm conta o tempo que aguentas sem ar. Ele era o seu ar. Ela sabia bem isso, melhor que ele.


Quando ela descobriu que a sua vida dependia dele, assustou-se. A sua vida estava inteiramente nas mãos dele. Ele seria seu dono e senhor para sempre, para toda a eternidade.

Aquela casa cheirava ao amor de ambos. Nas paredes vazias de quadros podia ainda ler-se os riscos que o tempo tinha deixado naquela casa; o tempo que não existia naquela casa. A cama sempre esteve naquela mesma posição. Ele nunca a mudou; ela nao queria mudá-la...presa ás lembranças, como ela era sempre. A máquina de escrever de ambos, mantinha-se naquela exacta posição aos anos; ela não a mudava porque lhe recordava a primeira vez que o conheceu ali mesmo naquela mesa escrevendo, talvez para ela, ou para outra.

As tatuagens daquele amor, daquela casa, sentiam-se desde a rua, e doiam como quem só conhece a dor de amor. A fatalidade esteve sempre presente. Tudo acaba; Tudo acaba eventualmente por acabar,...Tudo é efémero.Tudo...passa a ser nada. Numa noite.



Aquela noite para ela nao era igual, agora ela sabia; e os primerios raios de sol esclareceram bem a situação.
Ao abandonar a casa, ao fechar a porta, ela não chorava. Estava plena, segura de sí mesma.

"É só mais uma porta fechada;só mais uma!"



"Vamos ver quantos minutos aguento, sem me afogar,...para sempre....como sempre!"


"só para nao te ouvir dizer,...que as coisas vão mudar, amanhã......."



um obrigada especial ao meu puto jony(que me passou esta linda música) a quem dedico este textinho..."miserável"!!!

Wednesday, August 02, 2006

MOMENTO

Letra de Pedro Abrunhosa.

Penso que com esta musica de fundo pouco mais se pode pensar, e pouco mais aparece na cabeça, do que aqueles nossos momentos que ficaram gravados a ferro e fogo na nossa memoria.
Letra linda que me faz voar e imaginar que tudo esta bem...

espero que gostem!


Uma espécie de céu
Um pedaço de mar
Uma mão que doeu
Um dia devagar
Um Domingo perfeito
Uma toalha no chão
Um caminho cansado
Um traço de avião
Uma sombra sozinha
Uma luz inquieta
Um desvio na rua
Uma voz de poeta
Uma garrafa vazia
Um cinzeiro apagado
Um hotel na esquina
Um sono acordado
Um secreto adeus
Um café a fechar
Um aviso na porta
Um bilhete no ar
Uma praça aberta
Uma rua perdida
Uma noite encantada
Para o resto da vida

(Refrão)
Pedes-me um momento
Agarras as palavras
Escondes-te no tempo
Porque o tempo tem asas
Levas a cidade
Solta me o cabelo
Perdes-te comigo
Porque o mundo é o momento
(repete)

Uma estrada infinita
Um anuncio discreto
Uma curva fechada
Um poema deserto
Uma cidade distante
Um vestido molhado
Uma chuva divina
Um desejo apertado
Uma noite esquecida
Uma praia qualquer
Um suspiro escondido
Numa pele de mulher
Um encontro em segredo
Uma duna ancorada
Dois corpos despidos
Abraçados no nada
Uma estrela cadente
Um olhar que se afasta
Um choro escondido
Quando um beijo não basta
Um semáforo aberto
Um adeus para sempre
Uma ferida que dói
Não por fora, por dentro