Saturday, December 24, 2005

Feliz natal

Era só para deitar um pouco fora o meu espirito natalicio para todos os seguidores do meu blog..(que sao assim imensos e cada vez mais pelo que parece....cof cof....)
E dizer a todos que agora que tou cá em lisboa vai ser só ramboiar e muito estudo tb....:S

Miss you all!see u soon!=)

Muaka
Merry Xmasss

have an Hippy Christmas

Sunday, December 18, 2005

O Descampado 2

Mais uma vez preparome para te sentir e passar por ti! Como sempre, como todos os dias.

Surpresa das surpresas, estao lá carros e gente. Cortaram o teu riacho poluído. Ele já nao corre por ti. Já nao tens o teu mato, a tua erva verde que te rodeava, ja nao tens nada! Agora mais que nunca és um descampado, nao és nada mais que uma enorme superficie sem nada. És lama molhada no escuro da manhä. És deserto.

Nada.

No dia seguinte, volto a passar por ti, mas ao chegar, nao posso entrar em ti, a passagem que poucos conheciamos foi vedada e alargada, tem portoes de ferro, e homens com capacetes brancos andam por ti, tiram.te medidas.
Nessa tarde, ao passar ao longe consigo observar como máquinas escavadoras te abrem e furam. Quem sao eles descampado? Quem säo estes que se viram no direito de te matar? Terá sido uma soluçao para todos os teus males, para a tua poluiçao?Porque?

Vejo como pouco a pouco, a natureza que tinha neste sitio, que rodeava o meu lugar, começa a desaparecer, e cada vez mais aparecem ferros e cimentos. E eu que gostava tanto de ti, tinha pena de ti, mas gostava de ti. Gostava de te passar, de te sentir e ver. Gostava de brincar lá com os teus caes e de correr na tua erva molhada. Já nao existes. O que eu pensava que duraria anos e anos, acaba de desaparecer mesmo ali á frente dos meus olhos! Nada é efémero.

Agora levantome mais cedo, já nao tenho o meu atalho. Vou sozinha, sobre o alcaträo. A cidade perde a terra que é do Mundo. Que é O Mundo.
Adeus.

Thursday, December 08, 2005

Crónicas de uma Pirúa Suburbana

Se há coisas que não entendo...uma delas é sem dúvida o fenómeno "saldos".

Sei que não posso falar muito do assunto porque na europa até somos bem mais controlados do que os trogloditas dos americanos!

No outro dia fiquei terrivelmente chocada ao ver no telejornal como afectava a populaçao americana este fenómeno! De boca aberta vi como uma meia dúzia de homens de fatos de treino, bonés e pêlo no peito se "avalanchavam" contra uma pilha de caixas de cartão onde difícilmente se podía ler as duas letrinhas de "TV". ò meu deus! Mas onde vamos acabar nós?
Sim, porque desde já se seguir o americano era uma coisa chique,...ok...pode até ser,...mas devo dizer que me recuso a atirarme de cabeça contra uma pilha de caixas de tv só porque estas estão a menos de metade do preço!Aliás...chique chique..já agora, seria agarrar em todas que pudessemos,... para tal efeito, levávamos para o supermercado, a mulher, os filhos a avózinha e ainda o cão..-Bora lá familia, vamos ver quantas conseguimos!, e até fazemos negocio lá fora!!

Ai eu...........

Acontece

Algumas coisas acontecem, nao se fazem acontecer.... sao mágicas e vêem sem avisar! Pode ser bom, pode ser mau. "Aconteceu..."

Só gostava de poder pedir desculpa a algumas pessoas, e dizer obrigada a outras,...por tudo!
Desculpa e Obrigada. Sao muito diferentes.

Ando a sentirme melhor. A dor vai passando. Tu vais preenchendo o vazio e não me sinto tão má pessoa como já me senti. Quero-te mas tenho medo de ti. Tenho medo de atirarme de cabeça como quero e sei que vou fazer. Como sempre faço...como já fiz.

Ainda penso no mal mal que deixei lá a tras, mas no fundo não é um mal maior, eu sei que num futuro esse mal será um bem e então serei entendida. Contigo as coisas têem um rumo. Contigo as coisas fluem. Rio.

Assusta-me ver-me tão feliz e tao completa, darme tão bem contigo, passar estes momentos que só nós dois sentimos onde só nós dois somos! Pela primeira vez depois de muito tempo, dou comigo presa, parada, aflita, perdida nos meus mais profundos pensamentos. "-em que pensas Joana"...nem eu sei. Fico ali assim, a ver passar o tempo. Quero que ele passe rápido nalgumas alturas e quero que ele não passe noutras....podem existir noções tão diferentes do tempo quando se está assim como eu estou...

Desculpa.

Obrigada.

Sunday, November 27, 2005

Risos

Como me das pena agora que te olho! Rio-me de ti e de tudo! É tudo tao ridículo e medíocre! Näo tens pena de te manteres nesse pés e nessas pernas que nao te servem para nada, sao peças podres que fazem parte desse teu ridículo corpo!
Devias poder encontrar a merda do teu cerebro que deixaste perdido nalguma retrete podre! Hahaha rio.me tanto de ti!tanto...dás-me pena!Olho-te e sintome superior a ti!Nao vales nada de nada, consegues ser tao triste que vais eventualmente acabar por ficar pequeno e desaparecer na tua propia escuridao de vida!
Ainda esperei dias melhores, mas os teus dias eram cada vez mais miseraveis!!
Só queria poder encontrar uma maneira de dizer-te tudo o que sinto por ti e tudo o que me fazes RIR!



Estou sozinha nesta sala, é tudo branco...ou será preto?Tenho os meus braços atados atrás das costas e por muito que tente falar nao consigo, nao sei se estou rouca ou se é deste trapo que me mantem a boca aberta e surda.
Tu nao estás aqui...nao estas...NAO ESTAS??Quem me pôs aquí?foste tu ou foi a loucura que sentia por ti? Nao consigo avançar, nem falar, nem descansar por isso uma vez mais atiro-me contra a parede vezes sem conta até a cabeça doer e sentir aquele rio quente e doce a escorrer testa abaixo. Pronto, tudo vai voltar a acabar, vou dormir, ja sinto o efeito da agulha que me trinca o braço. Adormeço com um sorriso na boca.


Que dia de primavera perfeito!Os dois juntos...a vista desde o castelo! Tudo tao perfeito!
- Sabes, vou te querer para sempre!
- Eu quero-te mais lindinha!
- É sempre tudo tao perfeito quando estás comigo, nao tens defeitos! Sou a mulher mais feliz do mundo.
- E eu o homem mais feliz por te ter comigo!
A vida é tao bela.Há momentos que se guardam para sempre!
- Nunca esquecerei as gargalhadas deste dia!Foi tao lindo e perfeito, amo-te!




Uma vez mais acordo, e volta tudo a acontecer outra vez, mas nao, desta vez nao posso satisfazer os meus caprichos, as paredes ja nao sao duras, sao almofadadas!Que ridículos!!De que têem medo? Nao penso em matar-me, só aliviar esta dor profunda por nao te ter comigo.



Já te disse o ridículo que és?hahaha vai morrer longe! Fazes-me rir e afogar-me na loucura do meu riso que me mantém com este riso plastificado neste manicomio de loucos que näo sao loucos como eu, louca de amor.

Azul (um Viva aos heterozigóticos)

Dizem-nos especiais, que somos diferentes, únicos, cada um diferente do outro, näo chega a existir um pigmento igual de um para outro. Perdem-se de amores, vêem o infinito, o mar, o céu, a chuva num dia nublado em que ficam cinzentos. Afundam-se e afogam-se neles. Morrem e ressuscitam.

Na realidade, simplesmente significam uma coisa, és fraca. Tens dois genes recessivos e nenhum dominante, e difícilmente poderás passar essa tua fraqueza á tua descendência porque sao genes recessivos..os dois!E além de mais sao homozigotos, nao têm variedade. És como uma raça pura com todos os seus defeitos. Nao tens variabilidade genética e ainda por cima tens mais probabilidades de cancro.

Sim, sentia-me especial e diferente e única.
Já nao, sinto-me uma fraca!!

Thursday, November 24, 2005

El Cierzo

Ahora que lo pienso creo que en realidad siempre me lo has dicho; desde siempre desde pequeña..jugaba contigo, bailábamos los dos y cada uno llamaba al otro "suyo".

Yo era tu señora, y el pilar de cemento con dos hierros salientes era mi nave espacial, y te guiaba. Volaba por entre ti. Como era todo tan real...
Cuando tus partículas me acariciaban la piel y el pelo, me decias que sería tuya aunque no lo supiera; Pero yo entonces no lo veía así, yo solo sabía que yo era tu señora y tu mi esclavo, yo te daba órdenes, te pedia que fustigaras los árboles y tu lo hacías, te pedia que hicieras olas en el mar para que lo viera y tu lo hacías, te pedia con una sonrisa "hazme volar" y tu como siempre, lo hacías.

No sabía entonces que todo ésto tenia un precio, y que tendria que pagarlo por muchos años de mi vida. Pero al menos no soy eterna como tu, yo tengo un fin, tu tienes que seguir acariciando niñas y hacerlas tuyas. Tienes que seguir con tu magia, poder e ilusión. Engañando a otras.
Al llegar a esta ciudad lo comprendí todo. Esta ciudad, la ciudad del viento, del viento Cierzo, del frio viento Cierzo que viene de los pirineos y que puede alcanzar velocidades increíbles...ahora te entiendo. Soy tuya, estoy aqui..para tí. Parada en esta ciudad, no me puedo mover.Soy tu prisionera, soy tu esclava. Tuya.

(possivelmente o primeiro e último texto em castellano!=P)

Wednesday, November 23, 2005

O Descampado



Está uma clara manhä, gélida. Mäos e nariz näo te sentem. Uma vez mais preparo-me para passar por ti. O teu caminho hoje já näo tem poças de água. Secaram. A tua erva começa a ficar mais amarela.O outono. Hoje estás vazio, como eu. Nao tens cäes a passarem por ti, a pisarem-te a deixar em ti as suas feses. Näo tens gente. Hoje ninguêm te fala. Somos só eu e tu nesta manhä. La atrás ja deixei o riacho. Água, suja. Esse sim nunca te abandona, a sua sujidade passa por ti todos os dias e passa e passa e passa. Mas näo podes desejar-lhe mal, ele é só o que é. Um riacho.O seu destino é correr por ti. Sempre, presente.

Casas. Carros. Preto.Quente.Aulas.

Está uma tarde agradável, o sol no frio dá um estranho sentimento de bem estar que vem escondido detrás de outro que näo te deixa estar bem. Já desci a ladeira.Desde o cimo observeite, estavas vazio. Sem perigos. Sem cäes, sem gente. Sozinho. Entro em ti, uma estranha rabanada de vento chega de frente, mas näo tenho frio. Os meus cabelos esvoaçam por ti. Os prédios lá ao fundo contrastam com a tua natureza. Ervas e árvores amarelas e esverdeadas. Do meio de ti sai um saco de plástico branco. Voa por cima do teu mato e volta a cair em ti. Como uma pomba. A tua poluiçäo, a tua pobreza e a tua merda nao saem. Ninguém ve isso, só eu. Dia após dia, acumula-se tudo, nada sai. E sei que aí vai continuar, anos e anos. Tudo te marca e eu nada posso contra isso, eu mesma sou como tu. Poluída. Volto a passar pelo teu riacho. Pedrinha a pedrinha passo por ele digo-lhe adeus e volto a ti. Piso-te.

Casa.Quente. Só.

Já está. Mais um dia. Quantos mais?

Wednesday, November 09, 2005

Carta para a Morte

“O amor é uma doença quando nele julgamos ver a nossa cura”- Manel Cruz

Quero-te em mim! Por mais errado que seja, por mais impossível, por mais utópico!

Vem a mim! Eu quero ser a tua casa, quero que me habites. Quero ter a tua doença, e morrer de ti. Quero poder abrir os braços e ter-te sempre a meu lado, tocar a tua capa negra e sentir os teus frios labios em mim.Quero a tua negra sombra a meu lado a toda a hora. Acompanha-me, precisamos falar,..

Como poderás ter medo de mim? Porque me temes? Poderás tu, meu rei e senhor, sentir medo de uma simples mortal? Tu és a minha doença e eu,...eu pretenderei ser a tua cura?Será correcto ter tal pensamento em mim? Temerme-ás porque vês em mim aquilo que queres ter e nao podes? Poderei ser, eu, a única coisa que nao podes ter?
Assim como eu nao te posso possuir, também tu nao podes sequer alcançar-me.

Vem a mim, toca-me, eu nao me importo de morrer por ti, por muito frias que sejam as tuas brancas maos eu estarei feliz, pois por uma vez o impossivel acontecerá e eu poderei sentir-te! Este desespero é mais forte do que tudo, é impossível expresá-lo, acaba com ele, eu sacrifico-me por nós, nao fujas de mim! VEM A MIM!

Tu nao me temes, tu tens peidade de mim.Consigo percebe-lo agora quando me das as costas e olhas a parede escondendo-te de mim,...EU! Aquela que hipnotizaste de amor, e agora deitas fora!

Eu nao sou digna de ti, a piedade é um sentimento repulsivo.

Tuesday, November 08, 2005

'A Lua

Cheguei e vi.te, estavas com aquela tua luz de sempre,..aquela tua luz azulada da lua, que envolve todo o ambiente e depois desaparece sem rasto...
Ainda hoje me rio quando recordo quantas vezes tentei procurar essa luz,..em vao! Pois tu nao estavas aqui e sem ti ela nao é. Os dois sao um. Mas claro que entao, eu ainda nao me tinha apercebido. Eu ainda nao sabia, a inocência vivía em mim. Se a tua luz nao estava, tu nao estavas; ou pelo menos nao aquí, pensava eu. Como podería eu ve.la?

Era lógico que nunca mais a vería, mas eu nao a via nao porque nao estivesses nesta cidade ou neste país, mas sim porque tu já nao estavas no mundo. Tu tinhas desaparecido. Foste sem deixar a tua luz,..sim,...aquela luz azulada da lua!O que só eu amava em ti, e o que nos fazia tao especiais!

Obrigada.

Saturday, October 29, 2005

Aqueles dias (parte 2)

Uns dias mais tarde chega sexta-feira!Bem-dita sexta!Vamos jantar a um restaurante mexicano com as amigas, divertir-nos relaxar um bocadinho e voltar para o vale dos lençóis onde nos esperam sonhos ainda por sonhar! Acontece que havia reserva para as 8:30 e muitas de nós nao estávamos avisadas, entao com todo o tempo do mundo porque aquí se janta tardíssimo, eu e duas amigas decidimos inscrever-nos na campanha de alimentaçao ás cabritinhas orfäs que tinham chegado à nossa faculdade, entao às sete da noite lá fomos as três alimentar quase 40 cabrinhas pretas de uma semana de vida com os seus biberões, que assim que ouvem alguem chegar gritam de alegria e de fome! Acabado o processo..eram oito e muito da noite, quando somos avisadas que já estao todos no restaurante! Lá vamos a correr para o dito restaurante a cheirar a cabra e a leite de bebé, mas depois de uns nachos, burritos, tacos e muita sangria, tudo parece melhor! Acabamos por pedir uma garrafa de Tequila mexicana, para fechar com chave de ouro esta semana. Como é lógico, comecei com os meus devaneios da mente, que sempre faço quando tomo um ou dois copos de vinho, e as estupidezes que saem da minha boca ninguém imagina. Após o último shot de tequila da dita garrafa, começo com uma teoría de que em realidade o que queimava o estômago nao era a Tequila em sí, pois ela é inofensiva, mas sim o sal e o limao que se toma antes e depois de bebela!Isso sim!Pobre da tequila!!
Assim do nada...aparece um rapaz que se gira e diz, “aí mas eu conheço esta menina”.Era ninguém mais importante do que um dos meus profesores de equitaçao, e eu ali nao sei quanto tempo a falar a dizer estupidezes completamente bêbeda, e ele a ouvir-me (ele e mais membros da hípica como mais tarde vim a perceber!!).
-Que é que fazes aqui?
-Tou a beber!Quer dizer a comer!Bem primeiro comer e depois beber!-risada total da mesa!
-Bem tou a ver que ja tas fina!
-Nao ta tudo bem!
-Vens montar domingo?
-eh...bem...devo ir...-apercebo-me que estao todos os outros-..ah...Olá pessoal como estao!?Entao, também por aquí?
Avanço para cumprimentá-los, mas havia qualquer coisa dura no chao que como nao via bem o que era nao hesitei em pisar,...era um guardanapo empapado em sangria, no qual depois de pisar a minha linda bota decidiu encalhar e....PUM! caí ali mesmo!em frente de todos! Risos por todos os lados......

Como raio voltarei a aparecer nalgum sitio? Acho que neste momento nem a faculdade nem a hípica sao sitios seguros pa minha reputaçao!Sempre me resta o meu quarto!

Aqueles dias (parte 1)

É depois destes dias atarefados que acabamos e pensamos no que fizemos;mas visto por um lado existe até uma graça tremenda pelas barbaridades que fazemos quando estamos sob o efeito do maldito stress, e até nos podemos rir com elas! Realmente como já devem ter percebido esta semana para mim nao foi nada fácil custou-me imenso passá-la, estive muito ocupada o que até é bom porque olho para trás e nao sinto aquele vazio como costumo sentir ao ver uma semana passada estupidamente. Este cansaço que se apoderou do meu corpo e da minha alma chega a dar arrepios, a minha cara nao é das melhoras, como faz questao de me lembrar todos os dias a Rebeca: “-Ai mas que cara horrível que tens hoje.” “-Pois, nao dormi la muito bem.”- respondo. –“Buf hoje ‘tas ainda mais feia.”, -“Sim cheguei tarde a casa, dormi pouco”-respondo já com algum costume. –“Meu Deus, hoje vens mesmo á morta-viva, hey miuda ainda nao tamos no halloween,ah ah ah!”; -“REBECA! Voltas a dizer-me outro dia como estou péssima e nao respondo por mim!”....silêncio sepulcral...
Nao sei se ja chegaram a sentir que o dia é pequeno demais para tudo o que precisamos viver, que nos faltam horas, que sem saber como, precisamos arranjar mais tempo! Entao é quando começa a nossa avaliaçao psicológica do tempo e percebemos que se tirarmos um pouquinho daqui e outro dali conseguimos ter tempo para tudo! Existem coisas que realmente nao sao tao necesarias, como por exemplo comer ou ir á casa de banho!E quando estamos ocupados parecem ainda menos importantes e aguentamos essas necesidades o tempo que for preciso! Já nos animais isso nao é bem assim..para eles beber , comer, e defecar sao as suas necessidades primárias o que significa que se lhes falta algumas delas, podem ter várias patologias ou mesmo morrer. Por isso somos “superiores” os humanos!Agora percebo....(cof cof) Acontece que quarta –feira tive que ir ao banco pela milésima vez, já que tinha aberto la uma conta e cartao multibanco nem vê-lo. Sempre me diziam para ir na próxima semana porque tinha que estar ali mas nunca o encontravam, o problema é que eu esta semana fui mas estava...a passar por esta semana negra! A paciência nao era muita e a cabeça ja explodia de dor, e quando me voltaram a dizer ás 12:34 da manha: “Ainda nao temos o seu cartao mas volte por cá na semana que vem!” acho que aquele espirituzinho maligno que vivia ca dentro e que já muito raramente se desvendava, voltou a sair. Possivelmente passei um pouco da linha, mas eu também nunca estive dentro de nenhuma marca razoável,..só sei que depois de soltar a altos pulmoes que queria falar com o gerente, queria o livro de reclamaçoes e cancelar a conta, todos empregados do banco mexeram os seus cus gordos e andaram como baratas podres em busca do cartao desaparecido que efectivamente acabou por aparecer! Saí de la contente e algo confiante das minhas capacidades como adulta neste mundo!

Entendo que também ja devem ter tido situaçoes de stress com aquelas velhinhas adoráveis (filhas do diabo) que vao pelos passeios sem respeitar ninguém, porque sao velhinhas e a gente jovem sao todos uns desatinados que nao merecem respeito de ninguém! Ora ia eu a sair do banco toda contente, desata a chover como tudo!(“mais um belo dia”-pensei.) Eis que em tudo isto passa uma senhora de idade com o seu chapéu de chuva daqueles em que só o radio sao 3 kms, e que vinda do nada me ultrapassa pelo passeio, levo com o chapéu de chuva na cabeça, o que faz com que saía do passeio, e la vai ela tao contente...Ora mais eu!Só faltava isto!Fui atropelada por uma velha assasina!!
Enfim...vamos comprar o pao!Comemos uma sandes e tudo passa!Estou a chegar á porta da “panadería” e de repente sinto um cheiro familiar que passa por mim e se mete á minha frente,...era nem mais nem menos que a bendita senhora do chapéu de chuva maligno! Entro e digo “-Hola” á empregada, e qual nao é o meu espanto quando quem me responde é a mesma velhota:”-..de olás nada!que eu entrei primeiro que tu e eu tou com pressa!” –“Muito bem, está antes de mim, simplesmente entrei e disse olá porque sou educada, nao como outros seres”....silêncio.

Wednesday, October 26, 2005

SOS!

Caramba! Às vezes temos destas semanas, destas intermináveis que só nos apetece chegar a casa para relaxar falar com os nosso amigos e pessoas mais queridas para depois finalmente...cair na cama, que embora o colchão nao seja dos melhores sempre da para apanhar-lhe o jeito e conseguir ter uma daquelas noites, que embora sejam de oito/sete horas parecem que sao de um dia!
A minha vida anda bastante complicada, de manhä aulas teóricas, daquelas em que fazemos de tudo para que passem rápido e onde podemos: ou tentar copiar exactamente tudo o que diz o professor; ou perder-nos no nosso mundo interior e aí ficar até que avisam:-“que se calle que ya es hora!”; de tarde práticas em laboratorios, onde parece que de tanto sono e pouca comida no estomago(porque nao temos tempo e temos tudo seguido) parece que o microscopio nos succiona para um mundo interior e nadamos com as bactérias ou parasitas naquele líquido brilhante.
Por outro lado a noite é sempre melhor,....ou nao!! Aulas de código!-“Bora tirar a carta Joana!”, -“Bora!” Maldita a hora!!! E já para nao falar, das aulas na academia de química ate ás 10:30 da noite. Juro que nao sei de onde tiro as energias, suponho que sou realmente a energia em pessoa, ou a euforia, como alguêm diz...!Só espero chegar viva ao final desta semana de práticas todos os dias! Se eu deixar de dar noticias ja sabem pessoal!!Avisem a polícia!!!hahaha

Sunday, October 23, 2005

A María

A María

Existem pessoas que nos marcam, pelos mais diversos factores que simplesmente ás vezes nao se explica, e só se sentem! Sabemos que gostamos delas e pronto.. fim da questão, podemos até nem saber razões, motivos ou o sentimento ao certo, só sabemos que gostamos e pronto! Como diz a caixinha onde guardo os brincos..:”Gosto de ti, Porra!”

A María é minha colega da faculdade, por isso simplesmente nao se pode dizer que a conheça de toda uma vida..conheço-a mais ou menos á um ano! Ela foi a primeira amiga que fiz quando cheguei a esta cidade nova e completamente desconhecida ao iniciar a minha grande aventura (como gosto de lhe chamar!), e sempre me intrigou muitíssimo a maneira dela de ver o mundo, existe algo naquela rapariga que a faz diferente e até hoje não sei explicar bem o que será! Dou comigo aparvalhada com certas declarações dela à cerca da vida, e admito que lhe devo muito desde o primeiro dia que a conheci, (quando me salvou a pele porque sorrateiramente saí da aula de inglês julgando que estava na de alemão e me tinha enganado, e a María se sentou ao meu lado e me deixou ver pelo livro dela).

Mesmo sendo muito dela, muito no seu mundo, e passando pouco para fora o que sente, ja consegui resumir algumas coisas dela..mas que simplesmente não me levam a nenhum lado, estou realmente num beco sem saída...

No dia de doar sangue, perguntei-lhe se ia doar e ficou muito ofendida comigo...Um outro dia conta-me assim do nada que o avô lhe tinha falecido no 11º ano e que por isso entrou em depressão e esteve realmente mal.. num outro dia numa festa com a subida dos níveis de um composto com grupos –OH mais conhecido como alcoól, dou por ela a contar que quando era pequena via pessoas, e que não era como o normal, não era como o típico amigo imaginário, não! Ela via-os realmente e chegou a ter problemas com isso...e hoje, mais uma vez á maneira dela, quando solto no ar um comentário estupidificante sobre dois bebés lindos que acabam de passar por nós, pergunta-me: “ Pensas ter filhos?” –“Não sei María, não penso nisso..já sabes como sou, se algum dia com trinta e tal anos me aborrecer, e tiver o par ideal,..porque não?” –“Pensas nisso dessa maneira?” –“Não sei, acho que simplesmente não penso! Não tenho cabeça para tanto!” e assim começa uma conversa sobre pais e filhos onde ela explica que anda muito dividida porque não sabe se quer ter uma data de filhos ou se não quer ter nenhum, porque pelos filhos temos que abdicar de muitas coisas, é só reparar nos nossos pais , todos os sacrifícios que eles fazem por nós, e tantas coisas que cada um á sua maneira deixou de fazer para poder estar com o outro e poder assim formar uma família unida! Acabou por dizer o que a preocupava... os pais dela não estão nada bem, e a mãe chegou a dizer-lhe que só estavam juntos porque era mais fácil do que separarem-se.....

Gosto muito de ti María, sem explicações de porquês!..”Gosto de ti, Porra!”


Tentamos pensar que o mundo que nos rodeia (o nosso ambiente) é quem nos define e se nos apercebermos que realmente convivemos com as mesmas pessoas quase todos os dias , veremos que são elas quem efectivamente nos acabam por definir. Podemos tirar um bocadinho de cada uma, adquirir hábitos bons ou maus delas, e mesmo sem nos apercebermos começamos a pensar, falar e agir como elas. Como já referi na minha opiniao isto pode ser tao bom como mau; mas basta algum tempo para podermos conhecer bem as pessoas e ver o que nos convém.

Tenho uma amiga, que me dizia a toda a hora que devo aprender a estar só, que era muito dependente dos outros e que muitas vezes procurava alcançar algo que nem de todo era real, procurava manter umas ideiazinhas estúpidas na minha cabeça, fazer as minhas historias e viver feliz no meu conto de fadas, nas minhas paixoes platónicas e mundo perfeito! Embora depois de um mau período esta situaçao fosse enormemente gratificante (ja que me ajudou a sair dele), bastaram apenas alguns meses para começar a ouvir aqueles que me rodeavam e aperceber-me que eles tinham razao, devia encontrar-me; Já nao vivia com os meus pais, a minha independencia e a minha formaçao tinham começado ja la iam uns bons meses..mais de meio ano, e eu continuava no meu mundo perfeito, sem ver muitas vezes o quao falso e irreal ele era.

Tendo chegado a esta conclusao, sempre podia optar por dois caminhos: por um lado apesar de me ter apercebido, continuar a viver a historia da minha cabeça; e por outro fazer qualquer coisa por mudar. Gostaria de poder dizer que elegi totalmente o segundo caminho, mas (sem me orgulhar disso) devo admitir que optei por uma escolha intermedia entre as duas. Graças a certas pessoas comecei a ver as coisas de outra maneira a procurar outro estilo de vida e a verme como estou: sozinha! Tudo o que sabia durante uma vida ficou para trás e chegou a altura de me conhecer e de nao ser tao “inocente” como antes. Quando me dizem que me vêem diferente pergunto porquë mas as respostas nem sempre sao claras, o certo é que algo se modificou em mim e muita gente conseguiu perceber isso. “Só espero que tenha sido para melhor!” respondo sempre, e no fundo sei que tendo melhorado ou nao, aproximo-me mais a uma realidade e tento sair da escuridao da ignorancia. Aprendi a estar sozinha; a viver a minha vida sozinha e a conhecer-me como pessoa e nao ver-me espelhada nos outros.

É nestes momentos de solidao que procuro pensar que isto é uma coisa boa,..mas no fundo, será que é?Será que escolhi bem o caminho?Nao terei cometido o maior erro irremediável da minha vida?

Essas sao algumas dúvidas que me perseguem constantemente, quais sao as tuas!?

Thursday, October 20, 2005

“Pasión de Gavilanes”

É incrivel apercebermo-nos do quao estupidificantes as coisas do dia a dia podem chegar a ser...vejamos por exemplo..a caixinha preta, misturada com a capacidade humana da imaginaçao...(a dos animais ainda está por averiguar..!).
Estava eu no outro dia a ler o jornal “expresso” quando deparo com uma crítica duma jornalista portuguesa “exilada” na grande capital dos nossos hermanos, a bonita Madrid. Ésta tem como “missäo” divulgar as vivencias españolas ao povo portugués!

Qual nao é o meu espanto quando leio “Pasión de Gavilanes” que é nada mais nada menos que o novo “culebrón” de Espanha e para quem nao sabe culebrón é uma especie de telenovela brasileira da qual nao se tira nenhuma moral da historia, e muito menos uma ideia do certo e errado...simplesmente existem muitas paixoes, muitos desencontros, muitas pessoas bonitas, corpos nus.. e no final aquele giraço acaba com aquela giraça que ja todo o mundo tinha percebido que iam ficar juntos!!

Eis que “Pasión de Gavilanes” vira o grande hit de Espanha, e faz com que toda mulher espanhola e caliente que se prese fique agarrada ao televisor das quatro ás cinco da tarde! Dei comigo a correr desde a faculdade para poder chegar a casa a tempo de ver a dita telenovela, enfim...um total vicio do dia a dia...Chego a Portugal muito em baixo pois iria perder como minimo uns 10 episodios da dita cuja, e certamente o ex marido da protagonista iria casar com a mae desta, e eu...no meu país...a tristeza era tanta que ao ler o jornal e encontrar esse título o meu coraçao deu um pulo de felicidade!!Essa mesma noite dou comigo a imaginar os corpos calientes dos tres irmaos Reyes que sao casados com as tres irmäs Molina, e aí sim apercebime: “caramba!Lógico que existe uma moral!:eu nao precisava para nada daquela telenovela quando podía criar uma bem melhor dentro da minha cabecinha!”

Usem o poder da menteee!

...e falámos do tempo

Realmente é verdade o que se diz....chega aquele momento estúpido de uma conversa, uma pessoa nao sabe o que há de dizer...e de repente faz-se luz.:”bem..eh...realmente hoje..até está mais frio do que esperava!” e o outro seguindo rápidamente a deixa “Pois, eu ontem tinha visto nas notícias, e nao estava á espera...”. Ja está minha gente..problema resolvido, naquelas situaçöes em que ficamos fechados com o vizinho no elevador, ou mesmo quando ficamos sozinhos com alguem totalmente desconhecido ao qual devemos por educaçäo dizer uma ou duas palavrinhas..sejamos simpáticos..falemos do Tempo!

Alguëm podería estar perfeitamente a pensar: “Ainda se fosse o passar do tempo”,..das horas, dos dias, da efemeridade das coisas, da vida, da beleza, da inocencia,.. ou se mesmo ainda pudessemos falar do tempo numérico calculado, o tempo em que se demora na aceleraçäo de um carro, o tempo em chegar a casa, o tempo em perder alguëm...mas näo! Nao precisamos nunca ir mais além do que umas quatro palavrinhas está tudo dito...fica a conversa feita e partimos para outra!

O problema está quando é uma daquelas conversas em que devemos por educaçäo, ou simplesmente porque näo podemos desatar a correr e fugir dela, continuar com algum tipo de argumento, o tema meteorológico fica gasto e nao há como avançar, o silëncio apodera-se da situaçäo,enfim...ás vezes penso que é mais nessas situaçoes em que verdadeiramente analisamos o tempo...chegando mesmo a pensar..”Mas quanto tempo mais terei eu que ficar a aturar esta personagem?!?”

É lógico que existem pessoas 'as quais raramente lhes acontece isso, falam pela boca e chegam a falar pelos cotovelos, falam, falam e falam, nao páram nem para respirar, chegando mesmo ao ponto de sufocar! Essas pessoas num grupo säo de grande utilidade claro está, basta-nos ponderar a situaçao anterior; mas..certinho e direitinho..lá vem o factor tempo...”Mas quando raio se vai calar este???”!

Voltando ao inicio...problema resolvido minha gente! Falem do Tempo!