Saturday, November 10, 2007

A marcha



Marcham, todos iguais, mesmo pé, mesmo passo, mesma lógica ao pensar.
Seguem como ovelhas os rumos que deviam seguir. Correm pelos labirintos da vida, tal jogo de tétris onde tudo deve encaixar!

Aqui estou! Olha o que ficou! Vê, olha para mim, não sou luz, não te ofusco! Lavo com água e esfrego até arrancar a pele mas não sai! O rasto que ficou, foi o mesmo que deixaste em mim da outra vez.
Estou aqui sozinha, perdida do rumo,..não estou na maré, não sei remar,..não sei mentir como eles; como todos esses lobos que gritam a luares utópicos. Não te posso dizer que me importas, porque na verdade quero-te aqui porque és a minha liberdade. Não quero dizer quem és, não quero que saibam que foste tu, não quero que os lobos te culpem a ti. Como sabes, estou aqui sem fugir, a esperar, só à espera.
Achas que quero isto? Achas que gosto? Achas que sei tudo o que o futuro traz?Tudo é em vão, tudo é enormemente estúpido e escuro, sujo, fraco, frágil! Onde esta a força dos homens que formam a nação? Onde está o fogo que queimava o grito da terra? Sim, esse mesmo fogo que nos queimava por dentro, que nos fazia gritar, que nos doía, que mordiamos e arrancavamos com os dentes de sangue..onde esta???

Quero ter esse fogo, quero sentir-te aqui comigo sempre, quero arrancar-te comigo para fora da maré e quero ficar contigo assim sem mais ninguêm, quero de volta que me queimes com os teus beijos, quero outra vez que me faças gritar, que me dês voltas de alegria e que me faças ver as cores do arco-íris, quero comer doces contigo..quero, quero,..quero criar uma nova maré contigo e marchar a teu lado!..e que me faças tua. Tua. Só isso...

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